O promotor da Infância e Juventude de Diadema, Marcelo Vieira de Mello, não abrirá inquérito para apurar os tumultos registrados na eleição do Conselho Tutelar, realizado na semana passada. A OAB de Diadema, no entanto, defendem investigações para saber se houve irregularidades no processo.
Durante o pleito, algumas escolas não abriram às 9h, horário previsto para o início da votação. Colégios foram arrombados e houve suspeitas de urnas violadas e votos contabilizados sem assinatura do fiscal. O promotor, que acompanhou os trabalhos, informou não ter visto ilegalidade.
O secretário-geral da OAB do município, José Vilmar da Silva, sustentou apuração dos fatos. O advogado criticou o caráter partidário na eleição do Conselho Tutelar, já que diversos candidatos contavam com apoio explícito de vereadores eleitos. "O que será da criança e do adolescente se a eleição daqueles que devem zelar pelos seus direitos e interesses encontra-se tarjada com a marca da violência, da fraude e da indevida partidarização da disputa?", questionou.
Silva propôs que a presidente da OAB de Diadema, Maria Marlene Machado, requisite junto ao CMDCA (Conselho Municipal dos Direitos da Criança e Adolescente) toda documentação necessária para análise. "Se for o caso, encaminhar as providências devidas junto às autoridades para a apuração dos fatos e eventual responsabilização dos seus autores, ainda que disto possa resultar a anulação do pleito." A mandatária da OAB municipal não retornou os contatos da equipe do Diário.
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