28 de jul. de 2009

Situação da Infância Brasileira

O UNICEF - Fundo das Nações Unidas para Infância lançou no último mês os relatórios “Situação Mundial da Infância” e “Situação da Infância Brasileira 2006”. O foco do relatório Situação da Infância Brasileira são os primeiros seis anos de vida da criança. Já Situação Mundial da Infância 2006 tem como tema os meninos e meninas invisíveis e excluídos, aqueles que não foram beneficiados pelos avanços mundiais obtidos nas últimas décadas. O documento traz um ranking de 152 países baseado na taxa de mortalidade na infância.
Segundo o relatório, o Brasil fez importantes avanços nos cuidados com crianças de até 6 anos de idade, tendo o Índice de Desenvolvimento Infantil (IDI) subido de 0,61 para 0,67 entre 1999 e 2004. O IDI é composto pelo indicador de escolaridade dos pais, do acesso das mães ao pré-natal, das taxas de imunização e de acesso à pré-escola para crianças de 4 a 6 anos. O Índice é voltado para o desenvolvimento nos primeiros seis anos de vida da criança. O Brasil tem hoje 23 milhões de crianças com até 6 anos de idade.
Como signatário da Declaração do Milênio e do documento “Um mundo para as crianças”, o Brasil se comprometeu a melhorar significativamente seus indicadores em relação à infância. Embora a situação tenha avançado na maioria das áreas, os números ainda são preocupantes.
Durante o lançamento em Brasília, a representante do Fundo no Brasil, Marie-Pierre Poirier, destacou a importância das políticas públicas atingirem regiões e grupos específicos que ainda apresentam altos índices de vulnerabilidade social. “Só será possível melhorar a situação da infância chegando às crianças que são invisíveis, esquecidas e excluídas”, disse.
O relatório destaca, também, que trabalhar para que a situação da infância brasileira seja prioridade deve ser tarefa de toda a sociedade. Cabe ao poder público, nos três níveis de administração, parte importante da resposta. No entanto, não se deve esperar que o governo isoladamente forneça todas as soluções. O efetivo enfrentamento das dificuldades só ocorrerá quando os principais atores sociais atingirem um grau de conscientização que incentive uma ação coordenada e plural.
Fonte: UNICEF

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