26 de out. de 2009

Psicóloga escreve sobre os jovens e as drogas

O acesso às drogas atualmente tornou-se tão fácil, que a lógica se inverteu, ficando muito difícil para o jovem resistir à tentação de não usá-las. Contudo, jovens tratados com respeito e próximos à família raramente se envolvem com drogas, desde que os pais criem oportunidades de diálogo sobre a seriedade desse e de outros problemas. Ao contrário do que se costuma pensar, os filhos adoram conversar com os pais e ter contato com a família, mas se esquivam porque os adultos confundem diálogo com sermão.
O jovem criado em um ambiente onde os pais se drogam com um remedinho para dormir, uma “biritinha” para alegrar e um cigarrinho para relaxar, tem mais propensão para buscar as drogas, pois lhe foi ensinado que é assim que se resolvem os problemas. Crescendo nesse ambiente, o jovem começa com o uso de cerveja ou vinho, muitas vezes nas festas familiares e até mesmo induzido pelos próprios pais quando ainda crianças. Não raro ouvimos a frase: “Molha o dedinho na cervejinha do papai, molha!”.
Daí eles passam para o cigarro e a maconha. A idade em que costumam experimentar alguma coisa é aos 11 anos. Num estágio seguinte, vêm os opióides, a cocaína e os alucinógenos. O uso do ecstasy é comum. O jovem não precisa entrar nas favelas para comprá-los. Ele compra daquele seu amigo “boyzinho” que sempre viaja para o exterior.
O tratamento da adicção é muito difícil. Envolve psicoterapia, às vezes internamento, medicação e a participação da família, pois uma boa estrutura familiar ainda é o melhor tratamento preventivo e “curativo”. O álcool é uma droga perigosa e traiçoeira, por ser lícita. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera o consumo de álcool um problema de saúde pública. O álcool causa dependência, tonturas cirrose,ataques epilépticos, acidentes, homicídio, distúrbios do sono, baixa imunidade, câncer, envelhecimento precoce, diminuição da fertilidade e do desempenho sexual, hepatite, insuficiência cardíaca, demência, náuseas e vômitos, fala incompreensível, reflexos comprometidos, comportamento violento, depressão respiratória, ressaca e morte por overdose.
 Elizabeth Monteiro é pedagoga, psicopedagoga e psicóloga clínica. Autora dos livros "Criando Filhos em Tempos Difíceis" - Atitudes e Brincadeiras para uma Infância Feliz”, Ed. Mercuryo e "Criando Adolescentes em Tempos Difíceis", Ed. Summus.
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