Paraná ocupa a 8ª posição onde mais ocorreram mortes entre esta população
Segundo dados do Índice de Homicídios na Adolescência (IHA), apresentado na quinta-feira (13) pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), o Observatório de Favelas e o Laboratório de Análise da Violência, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (LAV-Uerj), a cada mil adolescentes do país, três morrem antes de completar 19 anos. A pesquisa é referente a 2010. A taxa - atualmente em 2,98 jovens para cada mil - teve um crescimento de 14% em relação a 2009, quando o índice era 2,61. O Paraná ocupa o 8º lugar entre os estados com o maior IHA, com 3,73 assassinatos para cada grupo de mil adolescentes entre 12 e 19 anos.
[Folha de Londrina; Gazeta do Povo – Geral, p. 06; Vida e Cidadania, p. 06 – 14/12/1]
Para delegada de Londrina, denunciar é uma questão de cidadania
“Se os vizinhos não tivessem denunciado, nem sabemos o que poderia ter acontecido”. A fala é de uma conselheira tutelar de Londrina sobre um caso de abandono de duas crianças de pouco mais de um ano pela mãe em uma casa. A frase relata a importância das denúncias para o enfrentamento às violências cometidas contra meninos e meninas. A Juíza da 6ª Vara Criminal, Zilda Romeiro, especialista em violência doméstica e familiar, afirma que toda pessoas que tem conhecimento de situações de violência tem a obrigação de denunciar. Elaine Aparecida Ribeiro, delegada da Delegacia da Mulher de Londrina, lembra que é uma questão de cidadania realizar a denúncia. “As pessoas ainda têm medo de denunciar, mas isso pode ser feito de forma anônima”, lembra. Até outubro deste ano, chegaram à Delegacia da Mulher 45 denúncias, contra 38 durante todo o ano de 2011. Dessas, 90% se referem a violência contra crianças.
[Folha de Londrina – Geral, p. 09 – Érika Gonçalves – 13/12/12]
SEEDS e MEC não possuem programas específicos para resolver problemas de acessibilidade
Em 2010, 45 mil crianças entre seis e nove anos de idade com algum tipo de deficiência viviam no Paraná, de acordo com dados do Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Desse total, 43 mil frequentavam algum estabelecimento de ensino no estado. Entretanto, em 2011, 95 cidades do Paraná declararam ao IBGE não possuir nenhuma escola municipal apta para receber estudantes com algum tipo de necessidade especial, segundo dados registrados na pesquisa Perfil dos Munícipios – Gestão Pública. Apesar do problema, nem a Secretaria Estadual de Educação (SEED), nem o Ministério da Educação (MEC) possuem programas específicos para a adaptação dos espaços físicos dessas escolas, ainda que a legislação garanta acesso a todas às crianças ao ensino regular.
[Gazeta do Povo – Vida e Cidadania, p. 4 – Derek Kubaski – 10/12/12]
Médica alerta para riscos à saúde gerados pela maternidade precoce
Segundo o Centro Municipal de Especialidades da Mulher, 36 garotas com idade entre 10 e 14 anos realizam o pré-natal no local este ano, enquanto em 2011 foram nove e, em 2010, quatro. O que significou um aumento de 800% nos últimos dois anos. Os casos de adolescentes entre 15 e 19 anos gestantes também aumentaram na cidade no mesmo período, sofrendo um acréscimo de 103% nos casos. Além do abandono escolar, desemprego e danos emocionais, a gravidez precoce pode gerar riscos à saúde dessas crianças e adolescentes. Segundo a obstetra e ginecologista, Cristiane Schneckenberg, as principais complicações na gravidez na adolescência são o parto prematuro, com recém-nascidos de baixo peso e morte materna até 50 vezes maior que mulheres na faixa etária de 20 a 24 anos.
[Jornal da Manhã – Dôssie JM, p. A5 – Michael Ferreira, Patrícia Biazetto M. Diogo – 09 e 10/12/12]
Asfixia, afogamentos e exposição à fumaça ou ao fogo ainda são as principais causas de óbitos
No Brasil, o número de óbitos de crianças de até 10 anos de idade por acidentes domésticos caiu de 868 em 2000 para 595 em 2010, uma queda de 31%. Dados do Ministério da Saúde revelam que as principais causas de mortes foram os riscos acidentais à respiração (como asfixia com alimentos, sufocação na cama, e outros), com 348 dos óbitos de crianças de até nove anos em 2000 e 252 em 2010, seguidos pelos afogamentos, que caíram de 247 para 168 no mesmo período, e exposição à fumaça, ao fogo e às chamas, queda de 102 para 64 casos. A diretora de Análise de Situação em Saúde, Deborah Malta, alerta para que os pais estejam mais vigilantes, uma vez que as crianças não têm conhecimentos dos riscos.
[Folha de Londrina – Cidades, p. 2 – 08/12/12]
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